Desejo de homem. Desejo de mulher?

Título: Desejo de homem. Desejo de mulher?
Diretores da coleção: Jean-Louis Chassaing, Conceição Beltrão Fleig
Valor: R$35

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Freud havia definido a libido como sendo sempre de essência masculina, implicando desde então que todo desejo projeta em seu horizonte a referência falica. Essa disposição deveria satisfazer a ideologia igualitária de nossas sociedades: um sintoma fálico para todos. Sendo o ideal um casal de dois rapazes, fica em suspenso a questão de qual dos dois é falho!

O desejo, em compensação, partilha as posições de um em lugar de sujeito e do outro em lugar de objeto, reintroduzindo a radicalidade de uma assimetria independente do sexo biológico e do estatuto do género. O fato de que essa disparidade de lugares seja vivida como um fracasso esclarece a busca de modalidades de relações sem hiáncia, sobretudo segundo o principio de um gozo hedonista enfim compartilhado.

O levantamento contemporâneo coletivo do obstáculo do recalque sexual faz aparecer que é sobre o real do não-rapport sexual que se abate a censura, tornando, a partir de então, esse não-rapport insuportável, e até mesmo traumático, levando, por outro lado, a uma tentativa de sutura e ao mesmo tempo repudiando toda alteridade.

No contexto dessa mutação, merecem ser novamente reexaminadas as relações atuais entre homem e mulher e principalmente a questão do desejo feminino em sua dimensão de alteridade e seu lugar, que não seja a tradicional resposta histérica.

Os psicanalistas proporiam uma outra alternativa aos impasses do debate atual?

Os responsáveis pelas Jornadas

Jean-Louis Chassaing, Marisa Fiumanò, Jean-Paul Hiltenbrand, Françoise Rey