Gabriel Balbo abre sua caixa de ferramentas e aponta para a chave mestra de seu ofício: a fala do analisante, em cujo texto se lê, nas entrelinhas, a impessoal cadeia significante do Outro. O desejo e sua interpretação encontram-se no texto fundador da psicanálise, assim como a paradoxal postulação freudiana, segundo a qual "o sonho é uma realização de desejo". Nosso autor reaviva o sonho como elemento inconsciente nuclear em uma análise e em seus desdobramentos. O que faz o psicanalista com os sonhos que brotam em uma análise? Com os próprios sonhos e aqueles do analisante? Hamlet teria sido um sonho de Shakespeare?