O que aprendemos com as crianças que não aprendem?

Diante da confusão do real deste sintoma social, os problemas de aprendizagem se vêem tradicionalmente remetidos ao lado médico. Será esta uma doença? Será a aprendizagem uma função superior?

Esta declinação encontra sua vertente social em termos de inadaptação e de handicap, que presidem à elaboração de soluções de reparação (reeducações, remediações) e de soluções pedagógicas especiais, fundadas na exclusão, em uma lògica de "classe".

A acentuação do defeito e os meios paliativos tendem a apagar o que parece essencial: o lugar do sujeito. O que nós somos chamados a descobrir, graças a essas crianças, é a importância do lugar do sujeito com respeito ao saber. Não há sujeito sem saber, e o próprio sujeito se funda de um saber. Pode, então, ser levado em conta o que existe de saber inconsciente, não-sabido, do sujeito.

Organização:
Jean Bergès, Marika Bergès-Bounes, Sandrine Calmettes-Jean, psicanalistas e membros da Association lacanienne internationale.

Com a participação de:
Gabriel Balbo, Paule Cacciali, Daniel Charlemaine, Michel Daudin, Marie-Claude Devaux, Michel Dokhan, Christian Dubois, Marie-Alice Du Pasquier, Daniel Feltin, Catherine Ferron, Jean-Marie Forget, Geneviève Ginoux, Bernard Golse, Gilles Lemmel, Evelyne Lenoble, Hélène L'Heuillet, Catherine Mathelin, Marie-Louise Meert, Claire Meljac, Charles Melman, Roger Misès, Michele Schnaidt, Hélène Vexliard, Denise Vincent.