Convido a todos integrantes da Escola, Membros clínicos, Membros e Proponentes a compor uma reunião de discussão e ponderações a respeito da interface Psicanálise e Política. Freud já nos havia alertado que a questão do social e a questão do indivíduo, enquanto aquilo que incomoda e causa sofrimento é uma e mesma questão que se mostra solúvel “com base num único ponto concreto: a relação do homem com o pai.” Lacan segue na mesma trilha ao afirmar que “o inconsciente é a política”, ou seja, aquilo que liga os seres humanos entre si segue a mesma lógica do que se dá na vida intrapsíquica: a relação com o pai. O que significa afirmar que o inconsciente seria aquilo que determina todas as nossas ações, tanto na esfera privada quanto na esfera pública? No que consistiria uma política do psicanalista? Seria possível pensar uma política para o ser humano fundada não nos modelos clássicos, mas no real do inconsciente? Essas e outras questões se colocam para o debate.