Todas as atividades ocorrerão on-line e a modalidade “presencial”, quando mencionada, se dará a partir da liberação pelos órgãos públicos da saúde.
Os sonhos nos seminários de Lacan: “As relações de objeto” (1955-56) Conceição de Fátima Beltrão Fleig
Os elementos do sonho e sua escrita específica constituem nosso objeto de trabalho partindo das postulações freudianas e sua leitura por Lacan, tendo em vista sua operação em uma sessão de psicanálise.
Neste segundo semestre daremos continuidade à leitura do Seminário A angustia (1962-1963), J. Lacan, centrada no exame das formas do objeto causa do desejo e na construção do grafo da angústia. Agora já se pode ter maior clareza sobre a escolha da temática da angústia para introduzir a especificidade do objeto a: a impessoal cadeia significante em que se constitui o sujeito não dá conta do campo daquilo que o afeta. O objeto a não é um significante, e então, como distingui-los? A pista talvez esteja na distinção freudiana entre Affekt e Vorstellung. Assim, o desejo e o gozo têm determinações para além do significante, que são oriundas de restos das tripas. Restos que resultam do olhar, da voz, do cíbalo, do seio e do falo enquanto cortes. O falo já ocupa um lugar diferenciado nesta dialética, evanescente, que determina diferentes posições subjetivas. Qual a relação do orgasmo como a angústia? O que determina que o orgasmo seja a única satisfação que não engana? O desejo, a angústia e o gozo: em que se diferenciam no homem e na mulher? A angústia manifesta a verdade dos impasses do desejo e da sexualidade, à luz da aspiração a uma posição de onipotência. E finalmente, uma surpresa nos é entregue: o toque do Chofar, uma voz que se incorpora, ressoa como o clamor da culpabilidade, oriunda da resolução da angústia. Lugar então para introduzir hipóteses sobre a função do fracasso, segundo indicações freudianas na reação terapêutica negativa e na neurose de destino. Seguiremos nas lições de 29/05 e 05/06/1963.
Datas: 20/08; 17/09; 15/10; 19/11; 10/12. Quinta-feira, às 20h Modalidades de participação: aplicativo Zoom. Investimento: R$ 500,00; avulso: R$ 110,00 Membros e Proponentes da EEP: 400,00; avulso: R$ 90,00 Inscrições: mfleig@terra.com.br, fone 051 984490590
Seminário: Ler Lacan, uma introdução Mario Fleig
No segundo semestre deste ano continuaremos a introdução à leitura de Lacan, no fio das estruturas clínicas freudianas (neurose, psicose, perversão), com base em seu revolucionário Discurso de Roma (23/09/1953), proferido como apresentação do relatório “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise”, que igualmente fará parte de nosso intento, retomado a partir da parte II. Símbolo e linguagem como estrutura e limite do campo psicanalítico.Introdução à leitura de Lacan pressupõe disposição para mergulhar e emergir nas íntimas e complexas relações que se tramam naquele que fala e ouve: a função da fala entremeada no campo da linguagem. Assim se situa Lacan em seu revolvimento do grande achado de Freud: o inconsciente.
Sexta-feira, às 17h Datas: 21/08; 18/09; 16/10; 20/11; 11/12. Modalidades de participação: À distância, aplicativo Zoom. Investimento: R$ 500,00; avulso: R$ 110,00 Membros e Proponentes da EEP: 400,00; avulso: R$ 90,00 Inscrições: mfleig@terra.com.br, fone 051 984490590
A interpretação dos sonhos – Freud Návia Terezinha Pattussi
Esses seminários visam o estudo da obra magna de Freud,, publicada em 1900. Essa obra tem muitos significados: é o resultado e o testemunho da própria análise de Freud, pois ali utiliza seus próprios sonhos como instrumentos de revelação de toda uma teoria que contempla o funcionamento do inconsciente manifestado nas suas formações, entre elas, os sonhos. Ao dissecar o funcionamento dos sonhos Freud apresenta a lógica do inconsciente, o funcionamento do aparelho psíquico.
No prefácio da 3ª edição da Interpretação dos Sonhos, em 1931, ele refere que essa obra “Contém, ainda de acordo com meu juízo atual, o mais valioso dos descobrimentos que tive a fortuna de fazer. A sorte de uma compreensão como essa só ocorre a alguém uma vez na vida.” Esse fato é muito significativo especialmente num pesquisador como Freud que nunca exitou em rever seus pontos de vista e assim o fez inúmeras vezes no decorrer da obra.
A Interpretação dos Sonhos foi para Freud um paradigma, um farol que o guiou na ampliação de suas descobertas. Especialmente nos momentos em que, em função da obscuridade do campo de sua pesquisa, dúvidas emergiam, era à essa obra que recorria para não perder o fio de sustentação da psicanálise. Isso revela a importância do estudo dessa obra pelos interessados pela psicanálise e especialmente por aqueles que visam uma formação analítica, uma vez que A Interpretação dos Sonhos é a tessitura do caminho da formação psicanalítica de Freud, é o resultado de um trabalho intelectual e subjetivo onde ele sedimenta as bases de tudo o que construirá depois na psicanálise.
Mensal, quintas feiras, das 19h30min às 21h 27/08, 24/09, 29/10/, 26/11, 17/12/2020 Modalidade de participação: Presencial (Chapecó) ou on-line (49) 99824 6006
Grupo de estudos A PSICOPATOLOGIA DA VIDA COTIDIANA – Sigmund Freud Lia Cunha Poletto
Psicopatologia da vida cotidiana é um dos textos fundadores do método psicanalítico. Freud submete à investigação psicanalítica (1901) vários atos falhos: esquecimentos; enganos; lapsos de linguagem; equívocos na ação e na fala. Freud nesse trabalho enfatiza que todos os tipos de casos de atos falhos, o que eles têm em comum, independentemente do material, é o fato de não estarem entregues a uma escolha psíquica arbitrária. Demonstra que todos exibem o mesmo mecanismo psíquico, por via associativa, com um conteúdo de pensamento inconsciente. Que é na falha do dizer e do fazer que o inconsciente se revela.
Mensal, terças-feiras, 18h30 min às 20h Datas: 18/08, 22/09, 20/10, 17/11 Modalidade de participação: Presencial (Chapecó) ou on-line (49) 99824 6006
Leitura da obra de Freud Alderi Fátima Tomazini, Beatriz Malo
Leitura dos textos iniciais da obra de Freud, contextualizando a produção escrita à sua época e pontuando termos que se transformaram em conceitos na construção de sua teoria.